O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é o transtorno do neurodesenvolvimento infantil caracterizado por dificuldades na interação social, comunicação, comportamentos repetitivos e interesses restritos, podendo apresentar também sensibilidades sensoriais. Esses comportamentos muitas vezes se manifestam pelo interesse intenso e restrito em um assunto em particular, tais como: movimentos corporais estereotipados, agitar as mãos e uma sensibilidade aumentada a sons ou texturas.

O conceito de espectro reflete a ampla gama de desafios e até que ponto as pessoas com autismo podem ser afetadas. A ocorrência é de cerca de um em cada 100 pessoas tem um Transtorno do Espectro Autista. Sabe-se que a incidência é quatro vezes mais comum em meninos do que meninas.

A qualidade de vida de muitas crianças e adultos pode ser significativamente melhorada com um diagnóstico precoce e o tratamento adequado.

As pessoas com o Transtorno do Espectro Autista, devido às dificuldades que têm para interagir com o ambiente, podem apresentar um comportamento incomum. O seu comportamento é geralmente uma tentativa de expressar os seus sentimentos ou para lidar com uma situação. Problemas de comportamento podem ocorrer como resultado de sua maior sensibilidade a um som ou dificuldade para se comunicar.

As pessoas com Transtorno do Espectro Autista, têm rotinas rígidas e podem passar seu tempo com comportamentos repetitivos, tentando reduzir as incertezas e manter a previsibilidade do ambiente.

O primeiro ano de vida de um bebê é uma fase de grandes descobertas e novidades. Nele, descobrimos as primeiras palavras, os primeiros passos entre outras habilidades.

As crianças dentro do Transtorno do Espectro Autista, apresentam algumas características específicas que permitem o diagnóstico entre 1 ano e 6 meses e 3 anos de idade. O diagnóstico, geralmente é feito por uma equipe multidisciplinar. Porém, algumas crianças com autismo se desenvolvem normalmente na primeira infância e, perdem as habilidades de forma progressiva.

Um estudo canadense publicado no International Journal of Developmental Neuriscience, foi o primeiro a identificar comportamentos específicos em bebês até os 12 meses e, assim antecipar se uma criança desenvolverá autismo. Sabemos que o diagnóstico precoce favorece a aquisição de habilidades. Portanto, os pais e cuidadores devem estar atentos para alguns sinais que podem indicar o Transtorno do Espectro Autista.

  • A criança que não sorri. Aos 6 meses, o bebê retribui um sorriso ou é capaz de demonstrar se está feliz.
  • A criança que não reage quando chamada pelo nome.
  • A criança com pobre contato visual e que não segue objetos com os olhos.
  • A criança que não imita o outro.
  • A criança que não interage com os outros ou com o meio.
  • A criança que não tem interesse na busca de atenção.
  • A criança que apresenta comportamentos repetitivos e movimentos corporais incomuns.
  • A criança que não balbucia por volta dos 6 meses de idade.
  • A criança que apresenta fixação em objetos incomuns, tais como: bolas, rodas e ventiladores.
  • A criança que não aponta para o objeto de desejo.

 

Referências:

American Psychiatric Association. (2014). DSM-V: Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais.

 

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